Roncos
Durante a vigília (acordado) a via aérea é protegida por diversos mecanismos, responsáveis por manter a via desobstruída. Entre esses mecanismos estão: aumento da atividade de músculos dilatadores faríngeos, por exemplo.
Entretanto, durante o sono esses mecanismos podem não ser suficientes para manter as vias aéreas abertas, uma vez que ocorre uma diminuição do tônus muscular dos músculos da faringe. Ocorre, então, a diminuição do espaço e maior resistência ao fluxo aéreo.
O estreitamento provoca uma vibração nos tecidos da garganta, gerando o ruído do ronco. Pode estar associado a outros distúrbios do sono.
Cerca de metade da população ronca em algum momento de suas vidas. O ronco é mais comum entre os homens. Dados sugerem que mais de 20% dos indivíduos adultos e 50% dos homens acima de 60 anos apresentam ronco.
Causas:
É considerado normal o ronco discreto, um ressonar suave, principalmente quando a pessoa dorme de barriga para cima, pois a língua cai um pouco para trás.
As pessoas mais suscetíveis são as que apresentam sobrepeso, dificuldades respiratórias (rinite, sinusite, desvio de septo nasal, adenoides e amídalas grandes, dentre outras), refluxo gastroesofágico, tabagismo e problemas na arcada dentária. Além disso, consumir bebidas alcoólicas e dormir com a barriga para cima podem provocar o ronco até em quem não ronca normalmente.
Sintomas:
Em longo prazo, o ronco pode causar dor de cabeça ao acordar, arritmia cardíaca, baixa concentração, sonolência diurna, cansaço e irritabilidade, afetando a qualidade de vida do paciente.
O ronco pode ser sinal de um problema mais grave: a apneia obstrutiva do sono (SAOS), doença caracterizada pela obstrução da via aérea durante o sono, que leva a uma parada na respiração.
A apneia obstrutiva do sono é mais comum em homens e acomete em torno de 5% da população geral, sendo 30% em indivíduos acima dos 50 anos de idade. A SAOS é fator de risco importante para doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC).
Diagnóstico:
Por estar dormindo, muitas vezes a pessoa não percebe que ronca, logo, alguém precisa avisá-la do que está acontecendo. Para ter certeza do diagnóstico, o médico poderá solicitar um exame que monitora o sono com equipamentos eletrônicos, chamado polissonografia.Tratamento:
Os tratamentos existentes são muitos e dependem muito do grau do problema. Às vezes uma simples mudança postural e orientações para perda de peso resolvem o problema. Em casos mais complexos, o tratamento inclui implantes no palato (céu da boca), dispositivos intraorais, aparelhos para auxílio respiratório e até mesmo cirurgia para desobstrução das vias aéreas superiores.