Ouvido

Infecções no ouvido

*Principais sintomas: perda auditiva momentânea ou permanente, dor de ouvido, zumbido, tontura.

Doenças Relacionadas

Cerume (rolha de cera no ouvido)

Cerume (rolha de cera no ouvido)

Você sabe o que significa a expressão cerume impactado?

Cerume impactado é o nome dado ao excesso de cera, ou cerume, que fica acumulado no canal auditivo externo, colidindo com a membrana do tímpano. A produção de cera é um importante processo realizado pelo corpo, pois ajuda a lubrificar e proteger o ouvido contra agentes externos.

*Causas:

  • corpo não consegue expelir a cera de forma natural,
  • Produção em excesso
  • uso de hastes flexíveis (cotonetes),v
  • fones de ouvido (modelos intra-auriculares) de forma constante.

*Sintomas:

  • perda de audição temporária,
  • zumbido,
  • tontura,
  • dor
  • infecções (pela manipulação)

*Caso apresente estas alterações, procure seu Otorrinolaringologista para melhor avaliar.

Cuide de sua audição: não use hastes flexíveis, tenha atenção com fones de ouvido e busque por atendimento especializado sempre que sentir algo estranho em seu corpo.

Otite Externa - Infecções no ouvido

Otite Externa - Infecções no ouvido

A otite externa se forma quando a infecção atinge o canal auditivo externo. Esse tipo de otite se desenvolve por conta das bactérias que invadem a profundidade da pele ou devido ao acúmulo de umidade no ouvido interno, o que estimula o surgimento de fungos. Comum no verão.

*As causas: inflamatórias e infecciosas.

*Fatores predisponentes:

  • brasões ou arranhões no canal auditivo;
  • acúmulo de água no ouvido;
  • sensibilidade a produtos de higiene pessoal (por exemplo: shampoo e sabonetes);
  • agressões ao canal auditivo com hastes flexíveis, outros objetos ou até com o dedo;
  • uso de dispositivos no ouvido (por exemplo: fones de ouvido e tampões).

*Sintomas:

  • Dor
  • Saída de secreção do ouvido afetado
  • Diminuição da audição

*Caso apresente estes sintomas, procure seu otorrinolaringologista para melhor avaliar.

É importante que o paciente não tente resolver o problema com o uso de cotonetes ou outros objetos que podem perfurar o tímpano e causar um estrago ainda maior.

Otite média secretora ou serosa

Otite média secretora ou serosa

*PRINCIPAIS SINTOMAS: perda auditiva momentânea, sensação de pressão no ouvido, associado a resfriados, gripes e crises alérgicas.

É uma doença que ocorre quando permanece um catarro ou secreção dentro do ouvido médio. Isto pode acontecer por um mau funcionamento da tuba auditiva (comunica o nariz e o ouvido), quando estamos resfriados ou gripados e o catarro vai para o ouvido e não consegue sair ou quando submetemos o ouvido a diferenças importantes de pressão.

Esta secreção pode se infectar com uma bactéria ou um vírus e se tornar uma otite média aguda. Se não ocorrer a infecção este líquido ou catarro pode ser absorvido ou drena pela tuba auditiva para a garganta e a situação se resolve.

Outra situação é quando o bloqueio permanente leva a um "engrossamento" do líquido virando quase uma cola e assim não será absorvido ou drenado pela tuba.

*Causas:

  • congênitas,
  • infecções nasais,
  • alergias nasais,
  • bloqueio da tuba auditiva por adenoides.

*Caso apresente sintomas descritos a cima, procure seu otorrinolaringologista para melhor avaliar.

Otite média aguda

Otite média aguda

É uma inflamação do ouvido médio, que pode ocorrer de uma infecção. Pode ocorrer em um ou nos dois ouvidos. A otite média é o diagnóstico mais frequente na criança pequena. Ocorre mais nos meses do outono e do inverno.

Costuma ocorrer durante ou logo após gripes, resfriados, infecções respiratórias ou na garganta devido à passagem de micro-organismos das vias aéreas para a orelha.

É sério?

Sim é sério, pois a dor é muito forte e pode levar a perda de audição, porém se tratada rapidamente não deixa nenhum problema posterior. Ela pode também se espalhar para estruturas próximas como a mastoide e até para a meninge.

*Sintomas:

Crianças pequenas fique atento se:

  • Ela puxa ou mexe muito no ouvido
  • Se chora a toa e fica muito irritada
  • Febre
  • Vômitos
  • Secreção saindo do ouvido.

Crianças jovens, adolescentes e adultos:

  • Dor de ouvido
  • Sensação de pressão no ouvido ou ouvido "cheio"
  • Tonturas
  • Náusea ou vômitos
  • Secreção saindo do ouvido
  • Febre.

*Causas:

  • Bactéria
  • Vírus

*Caso apresente estes sintomas, procure seu otorrinolaringologista.

Perfuração timpânica- otite média crônica

Perfuração timpânica- otite média crônica

A membrana do tímpano é feita de pele. Quando a pessoa tem uma perfuração no tímpano ela tem uma otite média crônica que por vezes faz o ouvido infeccionar e vazar pus. Há também uma surdez e pode também se complicar com infecções em regiões vizinhas (meninge, cérebro ou no nervo da face causando paralisia facial).

*Sintomas:

  • Perda auditiva
  • Saída crônica de secreção pelos ouvidos
  • Infecções de repetição

*Causas:

  • trauma causado por objeto enfiado no canal do tímpano
  • alteração que causa uma pressão no canal do ouvido (tapa, mergulho ou até mesmo um beijo no ouvido)
  • infecção que levou a uma ruptura da membrana do tímpano e não houve cicatrização

*Tratamento:

  • Controle de infecção agudizada com medicações.
  • Cirurgia.

Tipos de Cirurgia:

Timpanoplastia

Ela tem como objetivo restaurar a membrana do tímpano que está perfurada e se possível melhorar a audição restaurando os ossinhos (martelo, bigorna ou estribo) que estejam alterados.

A cirurgia pode ser feita com anestesia geral ou anestesia local e sedação.

Dependendo do tamanho da perfuração no tímpano pode ser feita através do canal auditivo, por um pequeno corte no canal ou por um corte atrás da orelha.

Para reparar o tímpano pode ser usado uma membrana que recobre um músculo ou que recobre uma cartilagem da orelha.

O tempo de permanência no hospital normalmente é de um dia.

Riscos e complicações da cirurgia

Em toda cirurgia existem riscos e complicações que são raras mas podem acontecer e todos os pacientes devem ter conhecimento. Nesta cirurgia estamos explicando o que pode acontecer em alguns casos. Qualquer dúvida pergunte ao seu médico que ele lhe explicará com detalhes.

Riscos e complicações da Timpanoplastia

1- Infecção no ouvido

Podemos ter infecção no ouvido operado ou mesmo manter a mesma infecção de antes da cirurgia. Esta infecção é tratada com medicamentos, mas outra cirurgia pode ser necessária.

2- Perda da audição

Em qualquer cirurgia de ouvido pode haver uma perda da audição do ouvido operado. Normalmente a perda é leve, mas em casos raros pode ser severa e permanente.

3- Zumbido

É bastante raro o aparecimento (barulho) no ouvido depois da cirurgia.

4- Tontura

Este tipo de cirurgia muito raramente dá tontura. Se isto acontecer normalmente dura apenas algumas semanas.

5- Distúrbio de gosto

Em alguns casos o paciente pode sentir um gosto metálico ou diferente na boca durante alguns dias.

6- Fraqueza na face

Outra complicação rara é a fraqueza na face, que quando acontece após esta cirurgia normalmente dura poucos dias.

Mastoidectomia

A mastoidectomia é uma cirurgia que é realizada quando existe uma infecção no osso chamado "osso temporal" onde está contido as estruturas do ouvido. A mástoide é parte do ouvido e é um osso poroso como se fosse um "queijo suíço" e quando a otite média crônica se espalha por esse osso é necessário retirá-lo. A cirurgia começa por uma incisão atrás da orelha por onde se expõe o ouvido e mastóide. Utilizamos um microscópio cirúrgico e um micromotor com brocas. Com o micromotor limpamos toda doença existente na mastóide (osso atrás do ouvido) e expomos a cavidade timpânica, local onde estão os ossinhos do ouvido (martelo, bigorna e estribo).

Dependendo da doença, temos que limpar toda esta região também, retirando os ossinhos e tornando o ouvido e a mastóide uma só cavidade. Isto deve ser feito em casos de colesteatomas ou infecção importante. Esta cirurgia se chama mastoidectomia radical. Nesta cirurgia temos que adaptar o conduto auditivo externo tornando-o maior. Isto se chama meatoplastia.

Um outro tipo de mastoidectomia pode ser feita quando a doença não está tão evoluída. Chama-se timpanomastoidectomia e é basicamente a mesma cirurgia porém o mecanismo de audição é refeito (os ossinhos são refeitos).

Riscos e complicações da mastoidectomia

A cirurgia tem o objetivo de tratar uma infecção que não é possível ser tratada apenas com medicamentos. Esta cirurgia se chama mastoidectomia e poderá ser feita de modo que preserve o mecanismo da audição ou, se o problema for uma doença chamada colesteatoma esta cirurgia terá que ser mais ampla, ou seja, o mecanismo da audição do lado operado não será refeito e portanto o ouvido operado terá uma audição igual ou pior que antes da cirurgia.

Em toda cirurgia existem riscos e complicações que são raras mas podem acontecer e todos os pacientes devem ter conhecimento. Nesta cirurgia estamos explicando o que pode acontecer em alguns casos. Qualquer dúvida pergunte ao seu médico que ele lhe explicará com detalhes.

1- Infecção no ouvido

Podemos ter infecção no ouvido operado ou mesmo manter a mesma infecção de antes da cirurgia. Esta infecção é tratada com medicamentos, mas outra cirurgia pode ser necessária.

2- Perda da audição

Em qualquer cirurgia de ouvido pode haver uma perda da audição do ouvido operado. A perda total da audição é uma complicação muito rara.

3- Zumbido

É bastante raro o aparecimento (barulho) no ouvido depois da cirurgia.

4- Tontura

Este tipo de cirurgia muito raramente dá tontura. Se isto acontecer normalmente dura apenas algumas semanas.

5- Distúrbio de gosto

Em alguns casos o paciente pode sentir um gosto metálico ou diferente na boca durante alguns dias.

6- Fraqueza na face

Outra complicação rara é a fraqueza na face, que acontece quando o nervo da facial é acometido durante a cirurgia. Normalmente essa fraqueza volta após um tempo mas pode ser em casos muito raros uma paralisia total.

A mastoidectomia é uma cirurgia que visa erradicar a doença infecciosa do ouvido, que não pode ser tratado apenas com medicamentos. Existem alguns tipos de mastoidectomias, que variam conforme a gravidade da doença. As vezes precisamos operar novamente para fazer uma revisão do local já operado e ver se não há recidiva do problema. Isto normalmente é feito 1 ano após a primeira cirurgia.

Surdez

Surdez

Audição é o sentido responsável por captar as informações sonoras que nos rodeiam, sejam elas sons de palavras ou não. Pelo menos 25 milhões de brasileiros tem diminuição de audição.

A surdez pode causar problemas emocionais e psicológicos, alterações de aprendizado, alterações de fala, problemas profissionais no trabalho, insatisfação e solidão.

A maioria das pessoas com perda auditiva (em torno de 90%) podem ser ajudadas por meio de tratamento médico, cirúrgico ou de aparelhos de audição

Existem basicamente 2 tipos de surdez:

A surdez de condução.

A surdez do nervo auditivo ou da cóclea.

A surdez de condução é a menos comum. Afeta o ouvido externo ou médio e acontece quando as ondas sonoras não são bem conduzidas para o ouvido interno.

A surdez do nervo auditivo ou da cóclea é aquela que ocorre quando a cóclea que é o órgão interno da audição não consegue transformar a energia mecânica da vibração que o som produz em energia elétrica para transmiti-la ao cérebro que irá entender o som.

Surdez de condução

A surdez de condução é aquela que afeta o ouvido externo ou médio e acontece quando as ondas sonoras não são bem conduzidas para o ouvido interno.

Entre as causas estão:

  • Excesso de cera no ouvido.
  • Infecções no ouvido:

Catarro no ouvido (Otite Secretora ou Otite Serosa) Infecções agudas do ouvido.(Otite Média Aguda) Perfuração Timpânica- Infecções Crônicas do Ouvido (Otite média Crônica).

  • Imobilização de um ou mais ossinhos do ouvido. (Otosclerose)

Normalmente os problemas de surdez de condução podem ser resolvidos por tratamento médico (remédios) ou por cirurgia.

Surdez da cóclea ou do nervo auditivo

Surdez da cóclea ou do nervo auditivo

Também conhecida pelos médicos por surdez neurossensorial ou sensorioneural.

É a forma mais comum de surdez.

*Causas:

  • Presbiacusia
  • PAIR
  • Tumores
  • Doenças genética
  • Doenças metabólicas.
  • Infeções virais e bacterianas
  • Uso de certas medicações ototóxicas
  • Traumas na cabeça com ou sem fratura de osso temporal

*Cada doença devidamente descrita em seus tópicos.

Otosclerose - Surdez

Otosclerose - Surdez

A otosclerose ou otospongiose é uma causa comum de surdez e é hereditária. Normalmente alguém em sua família já teve este problema. Algum de seus descendentes também podem vir a ter este problema.

Na otosclerose o que acontece é que ocorre alterações no osso chamado estribo que fazem com que ele se imobilize e transmite menos o som para a cóclea. Estas alterações também podem ocorrer em regiões da cóclea levando a surdez da cóclea.

A otosclerose normalmente é mais comum em mulheres do que em homens, é rara na raça negra, aparece normalmente na faixa etária entre 20 e 30 anos, piora quando a portadora fica gravida. Na maioria dos casos (70%) ela afeta um só ouvido. Alguns casos podem ser acompanhados de zumbido (barulho no ouvido).

A surdez é progressiva, isto é vai piorando com o tempo, lentamente ou rapidamente. Quando a pessoa atinge uma faixa etária acima de 50 anos piora muito e pode chegar até a surdez total.

Otosclerose do estribo- Usualmente as alterações no osso se espalham no estribo e impedem ou diminuem sua movimentação. Isto impede a transmissão da vibração sonora para a cóclea. Este tipo de otosclerose é corrigível com cirurgia.

Otosclerose da cóclea- quando as alterações no osso se espalham pela cóclea afetam as células que transformam a energia mecânica do som em energia elétrica que será transmitida para o cérebro. Esta forma de otosclerose não tem tratamento cirúrgico.

Para saber qual o tipo de otoscerose o seu médico otorrinolaringologista vai pedir alguns exames entre eles audiometria.

Tratamento

Existem alguns tratamentos médicos (remédios) que podem fazer a doença estacionar ou ter evolução mais lenta. Consulte seu médico otorrinolaringologista. O remédio não faz a audição melhorar.

Aparelho auditivo pode ser usado para qualquer tipo de otosclerose. Quando a doença se dá no estribo existe a possibilidade de cirurgia ela se chama estapedectomia. A cirurgia consiste na troca do estribo por uma prótese artificial.

Esta cirurgia tem o objetivo de substituir um pequeno osso do ouvido que se chama estribo por uma prótese de plástico ou metal.

Esta cirurgia é realizada com um microscópio através do canal externo do ouvido. Pode-se também ser feito um pequeno corte junto ao orifício do conduto auditivo externo. A cirurgia pode ser feita com anestesia geral ou anestesia local e sedação.

Em toda cirurgia existem riscos e complicações que são raras mas podem acontecer e todos os pacientes devem ter conhecimento. Nesta cirurgia estamos explicando o que pode acontecer em alguns casos. Qualquer dúvida pergunte ao seu médico que ele lhe explicará com detalhes.

RISCOS E COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA

1- Tontura

Tontura leve pode ocorrer nos primeiros dias da cirurgia, podendo permanecer por algumas semanas. Muito raramente temos tontura que persiste por muito tempo. Se isto acontecer existem medicamentos que controlam esta tontura.

2- Distúrbio de gosto

Alguns pacientes sentem gosto ruim na boca por alguns dias após a cirurgia muito raramente pode ficar permanente.

3- Perda da audição

Toda cirurgia no ouvido pode haver alguma perda da audição, sendo raro (menos de 2%) os casos de perda auditiva importante. Em alguns casos pode não haver melhora da audição de como estava antes da cirurgia.

4- Zumbido

Zumbido quer dizer barulho no ouvido. Em casos raros ele pode aparecer após a cirurgia.

5- Perfuração no tímpano

É muito difícil que uma perfuração no tímpano aconteça na cirurgia. Quando isto acontece normalmente o tímpano cicatriza sozinho ou o médico faz uma cirurgia para fechar a perfuração.

6- Fraqueza na face

Outra complicação rara é a fraqueza na face, que quando acontece após esta cirurgia normalmente dura poucos dias.

Presbiacusia - Surdez

Presbiacusia - Surdez

Presbiacusia

PAIR - Surdez

PAIR - Surdez

PAIR - Surdez

Zumbido

Zumbido

*Sintomas – barulhos nos ouvidos semelhantes a chiados, apitos, barulhos de chuveiro, de cachoeira, de concha, de cigarra, do escape da panela de pressão, de campainha, de pulsação, entre outros.

Zumbido é uma sensação auditiva não proveniente do meio externo, ou seja, é um som percebido pelo indivíduo sem que uma fonte externa o produza.

*É um sintoma e não uma doença.

Estima-se que hoje 28 milhões de brasileiros sofram com o zumbido e cerca de 17% da população mundial tem esse problema. A incidência aumenta com a idade, 1 em cada 5 pessoas, entre 55 e 65 anos, tem algum sintoma de zumbido.

Zumbido apresenta inúmeras lacunas, acreditando-se que possa ser multifatorial em muitos casos.

*Podendo estar associado a fatores: Otológicos, Psicológicos, Neurológicos, Odontológicos, Metabólicos, Cardiovasculares, Medicamentosos, Vícios e Maus hábitos alimentares e alterações nas estruturas que envolvem os ouvidos.

Nem todas as pessoas que sofrem de zumbido se incomodam com ele, mas existem aqueles que se incomodam levando a irritabilidade aumentada, perda de sono, atividades sociais reduzidas, dificuldade de concentração escolar e no trabalho. Depressão pode ser encontrado em casos severos.

*Caso apresente esses sintomas, procure seu otorrinolaringologista.

Tontura

Tontura

A tontura corresponde à terceira queixa mais prevalente nos consultórios médicos brasileiros (a primeira é a dor e a segunda a febre). Assim como o zumbido, pode estar associada a mais de 300 causas, devendo o paciente sempre ser avaliado quanto ao diagnóstico etiológico subjacente, evitando-se condutas terapêuticas sem respaldo causal, sempre que possível.

Na prática clínica, manifestações labirínticas podem cursar com tontura associado com zumbido.

O zumbido é um sintoma otoneurológico bastante prevalente em nosso meio. Por diversas vezes os profissionais de saúde se deparam com queixas concomitantes de zumbido e tontura, sendo inevitável a presunção de conhecimento para abordagem integrada dos sintomas.

Principais causas de tontura de origem labiríntica e não associadas à disfunção primária do labirinto

Vertigem posicional paroxística benigna - tontura

Vertigem posicional paroxística benigna - tontura

É a causa mais comum de vertigem. O quadro se apresenta subitamente, ocasionado por movimentos específicos da cabeça como deitar-se, levantar-se e estender o pescoço. A duração dos sintomas é curta, e sua recorrência elevada nos primeiros dias dos sintomas, o tratamento se baseia na realização das manobras de reposicionamento.

Doença de meniere - tontura

Doença de meniere - tontura

Trata-se de uma sindrome clínica que consiste em episódios espontâneos de vertigem usualmente associados à perda auditiva sensorioneural unilateral flutuante, zumbido e plenitude aural.

O tratamento da doença de Meniere pode ser realizado de diversas formas, dependendo da evolução do paciente e da intensidade dos sintomas.

Labirintopatias de origem vascular - tontura

Labirintopatias de origem vascular - tontura

A causa mais comum de tontura associada à disfunção vascular é a insuficiência vertebrobasilar, que se define por uma isquemia transitória da circulação do território vertebrobasilar, induzida pela extensão ou rotação da cabeça, diminuindo o fluxo nessas artérias e levando à diminuição de perfusão no cerebelo, tronco cerebral, lobo occipital e tálamo. Clinicamente, essas alterações se manifestam como vertigem ou tontura, nistagmo, disacusia sensorioneural, síncope e declínio da qualidade de vida. A vertigem associada à insuficiência vertebrobasilar é frequentemente encontrada em conjunto com outros distúrbios neurológicos.

O diagnóstico é clínico, mas exames de imagem podem auxiliar na localização do problema. O tratamento deve ser voltado para a causa da insuficiência, observando-se as disfunções metabólicas, especialmente lipídicas. Estudos utilizando acupuntura tem mostrado grande potencial no controle da tontura e na melhora da qualidade de vida do paciente.

Migranea vestibular - tontura

Migranea vestibular - tontura

A associação entre cefaleia migranosa e vertigem é conhecida há muito tempo e ocorre com três vezes mais frequência do que se fosse ocasionada apenas pelo acaso. A Migranea Vestibular é aceita atualmente como uma causa frequente de vertigem episódica.

O tratamento envolve duas situações: tratamento das crises e tratamento profilático. A recomendação atual é que se usem para a migranea vestibular os mesmos medicamentos profiláticos usados para a migrânea, o que inclui os bloqueadores, antidepressivos e anticonvulsivantes.

Neurite vestibular - tontura

Neurite vestibular - tontura

Manifesta-se como quadro vertiginoso súbito, de forte intensidade, com duração de horas a dias, acompanhado por sintomas neurovegetativos intensos. Habitualmente não vem acompanhada por sintomas cocleares.

O exame físico inicial é rico, mostrando nistagmo espontâneo com direção fixa horizontal e desequilíbrio importante em todas as provas de equilíbrio estático e dinâmico. Esses achados sugerem a disfunção periférica aguda, que aponta para uma hipofuncao labiríntica unilateral.

O tratamento inicial da patologia é basicamente sintomático, com drogas sedativas e anti-eméticas. O uso de corticoesteroides ainda não é consenso na literatura, sendo que estudos recentes não tem mostrado mudança significativa na recuperação da função periférica.

A realização da reabilitação vestibular deve ocorrer o mais breve possível. A estimulação da função labiríntica auxilia a recuperação da hipofunção inicial e o retorno precoce as atividades cotidianas.

Paralisia facial periférica

Paralisia facial periférica

Nosso rosto é repleto de músculos. São eles os responsáveis por nossas expressões faciais de alegria, tensão, medo; e por movimentos como piscar, bocejar e sorrir. Diante de uma paralisia facial, porém, essas reações podem ser prejudicadas.

A paralisia de Bell é a causa mais comum de paralisia facial.

A paralisia facial é um tipo de fraqueza da musculatura da face, que pode afetar diferentes extensões do rosto.

Embora a etiologia e a fisiopatologia permaneçam desconhecidas, pode haver envolvimento de *causas como dano ou trauma do nervo facial por mecanismos infecciosos, imunológicos, isquêmicos ou traumáticos.

*Sinais e sintomas da paralisia facial ( sintomas mais comuns):

  • Dor no rosto.
  • Zumbido e dor no ouvido.
  • Dificuldade para piscar e fechar os olhos.
  • diminuição ou ausência de expressões faciais

Homens e mulheres são afetados igualmente. Indivíduos de qualquer idade podem apresentar paralisia de Bell, sendo mais comum em pessoas mais velhas, embora crianças não estejam imunes. O pico de incidência é após os 40 anos.

O tempo da paralisia facial varia conforme a causa, o tipo de lesão do nervo, a idade do paciente, entre outros fatores.

Essa condição é geralmente temporária, usualmente se resolvendo sem tratamento, dentro de poucos meses (70-80%). No entanto, qualquer tipo de paralisia facial exige cuidados médicos, e quanto mais rápido procurarmos ajuda, melhores serão as condições de tratamento.

O tratamento da paralisia facial geralmente envolve reabilitação com fisioterapia e fonoaudiologia para impedir que os músculos se contraiam de forma permanente.

Os cuidados oftalmológicos também merecem atenção especial durante as paralisias faciais. Como os músculos das pálpebras podem ser afetados, a pessoa tende a ter dificuldade em piscar e lubrificar os olhos. Por isso, colírios específicos costumam ser receitados pelo médico.